Elétrico 28, uma Experiência "muito divertida!" 

A viagem no icónico Elétrico 28 inicia no Largo Martim Moniz e termina em Campo de Ourique, no Cemitério dos Prazeres.

O Elétrico 28 é um dos mais emblemáticos elétricos de Lisboa e dá-nos a conhecer o património histórico e arquitetónico da cidade de uma forma muito interessante e divertida. É verdadeiramente uma atração para os turistas e um meio de transporte para a população local.

Dentro do percurso, podemos apanhá-lo em qualquer ponto, mas se quisermos passear o ideal é começar no Centro Histórico (Largo Martim Moniz, nome que homenageia um dos cavaleiros que, segundo reza a lenda, ajudou o primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, a conquistar o Castelo São Jorge aos mouros).

A sugestão é escolhermos um dia lindo de sol (tarefa fácil em Lisboa) e nos deixar levar nessa incrível viagem, que nos vai permitir descobrir prédios centenários com as suas magníficas fachadas em azulejo, ruas estreitas e sinuosas que até nos fazem pensar que o Elétrico vai ficar "entalado" entre paredes e carros (risos), longas e pequenas escadarias, pessoas de todas as cores e credos, sons, e em alguns pontos, o Tejo vai estar à nossa espreita.  Como já referi, o trajeto começa no Largo Martim Moniz e com as bênçãos de Nossa Senhora da Saúde, cuja imagem se encontra no interior da Capela de Nossa Senhora da Saúde logo ali à nossa frente, iniciamos a nossa viagem.

Seguimos em direção ao Largo da Graça e continuamos para o Mosteiro de São Vicente de Fora. Alfama vem a seguir descortinando a Lisboa medieval com as suas ruas e largos pitorescos, como a Rua das Escolas Gerais e o Largo das Portas do Sol. Oportunidade para sairmos e aproveitarmos a vista que o miradouro nos proporciona do Rio Tejo e do Casario. Prepare-se para reter o fôlego e captar imagens espetaculares! Daqui podemos facilmente chegar a pé até ao Castelo São Jorge. Visita a não perder!

Estando novamente a bordo do nosso Elétrico preferido, seguimos em direção à Baixa passando pela Sé e pela Igreja de Santo António. Vamos começar a descer pela rua conhecida pelos lisboetas por suas inúmeras retrosarias, a movimentada Rua da Conceição. Quase no final da Rua da Conceição vamos atravessar a famosa Rua Augusta e logo à esquerda o nosso olhar vai encontrar a Praça do Comércio e novamente o Rio Tejo.

Continuando o percurso, o Elétrico segue para o Chiado, onde podemos avistar Fernando Pessoa sentado em frente à conhecida Pastelaria A Brasileira. O Largo Camões e o Bairro Alto esperam por nós e pelo nosso olhar ávido. A cada esquina um click!

E lá estamos nós a descer a “ladeira” (ou colina como se diz por cá) da Calçada do Combro. Mais à frente vamos encontrar o antigo Convento de São Bento, onde está instalada a Assembleia da República. É neste edifício que são tomadas as decisões mais importantes para o país.

A viagem está quase a chegar ao fim, mas ainda vamos ser surpreendidos pela Basílica e Jardim da Estrela. A seguir vamos atravessar um dos bairros mais antigos, famosos e tradicionais de Lisboa, o bairro residencial do Campo de Ourique. Se é uma pessoa apaixonada pelo poeta Fernando Pessoa então preciso alertar que é em Campo de Ourique que se encontra a Casa Fernando Pessoa.

Aguarda-nos a próxima e última paragem, o Largo dos Prazeres, onde se encontra o Cemitério, com o mesmo nome, que é considerado um museu ao ar livre. Aqui estão sepultados grandes nomes da História de Portugal, atores, cantores, políticos e aristocratas. Para quem gosta deste tipo de passeio, a Câmara Municipal de Lisboa organiza visitas guiadas no Cemitério dos Prazeres.

Chegamos ao final da nossa viagem! O Elétrico 28 convida-nos a retornar ao nosso ponto de partida, dando-nos a oportunidade de passar pelos mesmos locais a fim de descobrirmos outros pormenores dado que a perspetiva é sempre diferente.

Saiba mais sobre o percurso AQUI 

Bora lá passear por Lisboa à BOLEIA do Elétrico 28! Venha daí e não deixe de trazer sapato e roupas confortáveis e, é claro, a sua câmara fotográfica. 

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Créditos: Filomena Farinha (texto e imagens) 

Nota: Algumas das fotos foram captadas antes da pandemia Covid-19. 

Nova Exposição Temporária do Santuário de Fátima

"OS ROSTOS DE FÁTIMA - Fisionomia de uma Paisagem Espiritual"

Fomos visitar a nova Exposição Temporária do Santuário de Fátima, cuja narrativa centra-se nos “Rostos de Fátima”. Tal como as exposições temporárias anteriores, a exposição “Rostos de Fátima - Fisionomia de uma Paisagem Espiritual” está espetacular e imperdível! 

Num tempo de pandemia que nos obriga a manter os nossos rostos por de trás de máscaras, somos convidados a desvendar as figuras históricas ligadas ao fenómeno de Fátima e olhar para os seus rostos, dos anónimos e dos mais conhecidos de Fátima e durante o percurso, vamos descobrindo os Rostos de Fátima e, sobretudo o nosso olhar sobre o fenómeno de Fátima!

De acordo com o Santuário de Fátima, "A exposição “Rostos de Fátima” está dividida em duas partes: numa primeira, que percorre o primeiro século de Fátima, dão-se a conhecer os rostos relevantes da história da Cova da Iria, a começar pelos três Videntes. Na segunda, a exposição propõe um percurso orante e centrado na fé, desafiando o visitante a interpelar-se sobre a sua condição humana, numa espécie de jogo de espelhos que confronta a realidade concreta que vivemos com o desejo relacional com a transcendência. Neste tempo de pandemia, que convoca toda a humanidade a refletir sobre a sua própria condição, a nova exposição mostra a sua atualidade na reflexão que vai apresentar sobre o tema da morte e da vida, como momentos luminosos da peregrinação do Homem no mundo (…).”

As peças que estão expostas pertencem na sua maioria ao espólio do Santuário de Fátima, havendo também peças dos Museus do Azulejo, de Aveiro e da Póvoa do Varzim, para além de arquivos e bibliotecas privadas. 

O Tear 

Logo à entrada do primeiro núcleo, vamos encontrar uma peça surpreendente... um Tear! Assim que o vi, lembrei-me logo do tear que se encontra exposto na casa de Lúcia só que mais pequeno e muito antigo. Em 1917, Fátima era uma terra humilde e habitada por gentes igualmente humildes que dependiam basicamente da pastorícia e da agricultura. As crianças trabalhavam na lida, mas se relacionavam entre elas. Dos 6 aos 12 anos eram encaminhadas para a pastorícia. O Tear era uma peça fundamental dos usos e costumes das gentes de Fátima no tempo em que teve lugar as Aparições.

Na exposição, o Tear aparece como o fio condutor deste percurso. Ao observá-lo, vemos que está uma peça em fase de produção. Há também vários fios entrelaçados de algumas cores, sendo que o fio vermelho que está conotado com a cor da vida, sai deste emaranhado de fios e vai-nos conduzir ao longo da exposição.

Verdadeiramente os primeiros Rostos de Fátima

"Os Rostos de Francisco, Jacinta e Lúcia, fixados junto a um muro da sua aldeia Natal, são verdadeiramente os primeiros rostos de Fátima."

Esta icónica fotografia foi tirada por autor desconhecido na última semana de setembro de 1917. Um mês depois foi reproduzida, e desde então, tem sido amplamente difundida. Podemos considerar que é a fotografia mais reproduzida na nossa história e no mundo. A fotografia que foi tirada em Aljustrel, serviu de inspiração à pintora Sílvia Patrício para a criação dos retratos oficiais de São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto.

São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto

"Os atributos mais claros destes santos são o terço que envergam na mão e a candeia que é tomada a partir de uma candeia histórica que pertencera à família dos videntes, ao tempo das aparições. Este objeto torna-se, sobretudo, expressão da frase que João Paulo II proferiu no dia da beatificação, ao referir-se a estas figuras da Igreja como «candeias que Deus acendeu». Cada uma das candeias aparece caracterizada com uma luz especial, relacionada com a ligação que os videntes tinham com os astros luminosos (Jacinta gostava mais da “candeia” de Nossa Senhora, a Lua; Francisco mostrava especial predileção pela “candeia” de Nosso Senhor, o Sol)."  (Fundação Francisco e Jacinta Marto)

"Duas candeias que Deus acendeu", palavras proferidas pelo Santo Papa João Paulo II no dia da beatificação dos irmãos Pastorinhos – 13 de maio de 2000. Dezassete anos mais tarde, os Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, foram canonizados pelo Papa Francisco no dia 13 de maio, data que se assinalou os 100 anos das Aparições de Nossa Senhora. 

Irmã Lúcia visita Fátima

Irmã Lúcia (1907-2005)

Logo no primeiro núcleo da exposição, somos convidados a assistir dois vídeos que nos mostram duas das visitas de Lúcia de Jesus a Fátima, em maio 1946 (retorno a Fátima pela primeira vez desde que partira, em 1921) e em maio 2000, na altura da beatificação de Francisco e Jacinta Marto. 

A grande protagonista e profetiza da Mensagem, Lúcia foi a escolhida por Nossa senhora para dizer às pessoas que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Após a morte de seus primos Francisco e Jacinta, Lúcia deixa Aljustrel e ingressa no Asilo de Vilar, no Porto, adotando o nome de Maria das Dores. Assim, mantém-se no anonimato. Em 1925, parte para Pontevedra, cidade de Espanha, para entrar na Congregação das Religiosas de Santa Doroteia (aqui foi agraciada com duas Aparições). Em 1926, muda-se para Tuy com o nome de Maria de Lúcia das Dores. Aqui faz os votos temporários (1928) e Perpétuos (1934). A 13 de junho de 1929 tem a visão da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria. Regressa a Portugal em 1946, entrando para o Colégio do Sardão, das Irmãs Doroteias, em Vila Nova de Gaia. Nesse mesmo ano visita Fátima (foto acima). Em 2005, já ingressada no Carmelo de Coimbra (1948), falece aos 97 anos (quase 98 anos) como Carmelita. É decretado Luto Nacional.

Na Aparição do dia 13.06.1917, Nossa Senhora pede a Lúcia para aprender a ler: "Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendais a ler". Anos mais tarde, a Irmã Lúcia torna-se escritora após ser encorajada a escrever as suas Memórias: Primeira Memória (1935), Segunda Memória (1937), Terceira e Quarta Memória (1941), Quinta Memória (1989) e Sexta Memória (1992-1993).

Os Rostos que administram o Lugar: Bispos e Reitores

“Cuidando do Santuário que nascia, a hierarquia da Igreja mostrou-se também protagonista do acontecimento de Fátima, através do acolhimento, da gestão, da legislação, da edificação de um território cada vez mais global (...)". 

D. José Alves Correia da Silva (1872 - 1957)

Na altura das Aparições era Cônego do Porto. Foi Bispo de Leiria-Fátima de 1920 a 1957. D. josé Alves Correia da Silva foi uma figura muito importante no processo de difusão da Mensagem, tendo sido responsável para criação de infraestruturas necessárias para gerir o fenómeno de Fátima. Uma das suas ações mais importantes foi promover a aquisição de terrenos na Cova da Iria, oportunizando assim que ao longo dos 100 anos, o Santuário tivesse infraestruturas para o melhor acolhimento do peregrino. Promoveu a construção da Basílica Nossa Senhora do Rosário, uma vez que os peregrinos deveriam ter espaço de culto condigno. Em 1930, na Carta Pastoral sobre o culto de Nossa Senhora, declara dignas de crédito as visões que as crianças tiveram na Cova da Iria, oficializando o culto de Nossa Senhora de Fátima.

Cardeal D. António dos Santos Marto (1947 - )

Atual Bispo da Diocese de Leiria-Fatima, D. António Marto acompanhou o início e o final do Centenário das Aparições. Recebeu o Papa Francisco em 2017, assinalava-se o Centenário e a Canonização de Francisco e Jacinta. Em 2010, recebeu o Papa Bento XVI.

“(...) Os rostos de bispos e reitores do Santuário de Fátima são face da governação de um lugar que cresceu a partir do desejo de melhor servir rostos que o Santuário de Fátima se dirigem."

Neste núcleo somos convidados a conhecer os rostos dos bispos da diocese e reitores do Santuário que administraram o espaço e prepararam-no para receber multidões.

Os Rostos dos Adversários: Dúvidas e Militâncias

"Olhando para Fátima com suspeição, muitos foram os rostos que se tornaram adversários do fenómeno que a partir de 1917 atraía incontáveis rostos à Cova da Iria. Evidenciando as dificuldades que tiveram em perceber um fenómeno da ordem do sobrenatural, agiram com contundente militância, pela força da palavra, e nalguns casos, pela força das armas."

Erguida em 1919, em resposta ao pedido de Nossa Senhora: "Quero que façam aqui uma capela em minha honra.", a modesta capela de pedra e cal teve de ser reconstruída depois de ter sido dinamitada por grupos anticlericais, a 6 de março de 1922. A capelinha foi reconstruída no espaço de um ano e mantém a estrutura original até aos dias de hoje. 

Tomaz da Fonseca (1877 - 1968) 

Um dos Rostos que combateu Fátima através da escrita, deixando uma série de dúvidas sobre o fenómeno de Fátima. Próximo ao retrato, vamos encontrar três livros, sendo que "Na Cova dos Leões" (1958) é de sua autoria.

Os Rostos de Fátima a partir dos Media

Primeira página de "O Século" com a reportagem incontornável sobre o dia 13 de outubro na Cova da Iria, publicada no dia 15 de outubro de 1917.

O que dizia a imprensa na altura das Aparições:

• O mensageiro com o título "Aparição Miraculosa?"
• João Semana com o título "Autoridade eclesiástica está a investigar!"
• O Ouriense com o título "Real Aparição ou suposta... ilusão"
• O Mundo com o título "Impostores"
• O Mundo com o título "Burla das Verdades"
• O Século com o subtítulo "Como o sol bailou ao meio dia em Fátima"
• O mensageiro na publicação do dia 18 de outubro muda radicalmente a atitude perante Fátima. Na primeira página uma carta de Carlos Silva, que diz ter presenciado os acontecimentos e não ser “jesuíta nem fanático da religião”, mas estava maravilhado com “o que se passou de extraordinário nos astros que os astrónomos o não anunciaram” e com o facto de “duas pastorinhas” levarem “tantos milhares de pessoas a um ermo só para ver o Sol”. Fonte: O Expresso

Os Rostos dos que dilatam uma História e uma Mensagem: 

Informadores e Arautos

Maria Teresa Pereira da Cunha (1906 - 1988) e Maria Teresa Vilas Boas (1914 - 2014), impulsionadoras das viagens da Imagem Peregrina, as primeiras das quais estão iluminadas num mapa de grande dimensão. Em frente à fotografia das duas senhoras, uma pequena mala onde eram transportados os paramentos. Duas mulheres leigas que olham para o fenómeno de Fátima e que têm papel importante na logística da organização da viagem da imagem peregrina.

"Atraídos por uma mensagem de esperança revelada em 1917, muitos homens e mulheres assumiram-se como arautos dos conteúdos de uma narrativa que importava fazer chegar mais longe. Pela palavra e pela ação, esses rostos estavam convictos de que a boa-nova de Fátima era rosto do Evangelho de Cristo, desse 'kerigma' (=anúncio) inicial que interessava à humanidade do tempo contemporâneo."

Mapa-múndi de grande dimensão que mostra as viagens da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao longo de 10 anos aos 5 continentes. Este mapa foi elaborado no âmbito da exposição sobre a viagem da Imagem Peregrina, que esteve patente no Castelo São Jorge, em 1956.

Santo Padre João Paulo II Peregrino de Fátima

O Santo Padre João Paulo II, que peregrinou ao Santuário por três vezes, tinha uma forte ligação com Fátima, Lúcia de Jesus e a Mensagem.

Em 1982, no ano a seguir ao atentado que sofreu (e quase morreu), na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 13.05.1981, o Papa João Paulo II vem a Fátima em agradecimento pelo facto de ter sobrevivido: "(...) levo no meu coração o cântico de acção de Graças de Nossa Senhora, por Deus me ter salvado a vida aquando do atentado no dia 13.05.1981". Houve novamente uma tentativa de assassinato que o Papa João Paulo II sofreu em Fátima, durante a procissão das velas na noite de 12 de maio de 1982, por parte do sacerdote católico espanhol Juan Fernandez Krohn.

O Santo Padre retornou a Fátima em maio de 1991 e 2000. No dia 13 de maio de 2000, o Santo Padre beatificou os Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.

Terço oferecido ao Santuário pelo Santo Padre João Paulo II na altura da sua visita a Fátima, em 1982. Pode-se ler FATIMA e as datas do atentado e do agradecimento.

Padre Luís Kondor 

Padre Luís Kondor (1928 - 2009)

Figura essencial na consolidação e promoção da história e da mensagem de Fátima, o Padre Luís Kondor foi um homem que se dedicou de forma massiva na publicação e nas traduções em diversas línguas dos livros sobre os Pastorinhos. Foi também incansável nas diligências necessárias para o processo de Beatificação de Francisco e Jacinta, uma vez que foi postulador da causa dos irmãos videntes.

Os Rostos dos Investigadores: Interpelação e Estudo

Padre Manuel Nunes Formigão (1883 - 1958) 

Responsável pelos interrogatórios mais importantes aos videntes Francisco, Jacinta e Lúcia, foi um homem muito importante, pois os interrogatórios são uma fonte de valor incalculável sobre o fenómeno de Fátima. Deve-se ao Padre Formigão, o primeiro registo da oração ensinada para ser rezada durante o terço "Ó Meu Jesus" (27.09.1917). Durante 36 anos escreveu artigos na Voz de Fátima. 

Saiba mais sobre o Padre Formigão 

Os Rostos Protagonistas, Segunda Parte: Os Peregrinos

Fotografias de peregrinos de Fátima

"Embora nem sempre conhecidos, todos os peregrinos de Fátima têm um rosto e um nome. Caminham para o Santuário da Cova de Iria ao ritmo das contas dos seus dias e aqui fazem a experiência de luz, do encontro e da paz, através de ritualidade própria deste lugar. Quantas vezes sem o saberem, os peregrinos são, afinal, os protagonistas de uma cadeia ininterrupta que nasce com Francisco, Jacinta e Lúcia." 

Do Rosto Trinitário ao Rosto Humano em Deus

"(...) as Aparições de Fátima levam a olhar para Deus, para o Seu rosto trinitário e para o Seu rosto humano (...)."

O Rosto do Anjo

O Anjo que se apresenta como o Anjo da Paz, o Anjo de Portugal e o Anjo da Eucaristia

"Sou o Anjo da Paz!" na primavera e outono de 1916, o Anjo da Paz aparece aos três Pastorinhos na Loca do Cabeço (primeira e terceira aparição.)

"Sou o Anjo de Portugal!" a segunda Aparição do Anjo foi no poço do quintal da família de Lúcia.

O Rosto de Maria em Fátima: A Face da Humanidade Triunfante

"O mais belo rosto de Fátima é o Coração de Maria, pleno de luz pascal em Cristo, como Ele coroado pelo amor até o fim. O Coração Imaculado de Maria, sendo um coração de carne, é o coração que mais se aproxima do Coração de Deus e que, por isso, vê a Deus (...)."

O Coração é a representação do rosto de Nossa Senhora de Fátima, cheio de amor por Deus e por nós. É verdadeiramente a fisionomia espiritual de Nossa Senhora de Fátima, gentilmente sustentada pelas mãos de Deus.

Os Rostos dos Poetas, dos Literatos e dos Artistas: Interpretar pela Criação

José Ferreira Thedim (1892 - 1971)

"Entre as faces de Fátima, encontra-se a que é modelada pela arte, desde logo na forma de dar rosto à Senhora do Rosário e ao lugar que guarda a sua imagem e recebe os seus peregrinos; entre as faces de Fátima, está, sem dúvida, a que é timbrada pela estética que diz uma mensagem: dos mais diferentes quadrantes do mundo das artes, vários foram os autores que trabalharam o tema e mostraram Fátima a partir da "via pulchritudinis", da vida da beleza." 

Relíquia da Porta das Capelinha das Aparições

Ao fundo a imagem da Capelinha das Aparições dinamitada, em março de 1922, antecedida de um fragmento da porta da Capelinha.

Pertences da Irmã Lúcia de Jesus

Terço que pertencia à Irmã Lúcia (1907-2005)

Ave de Fátima (Rascunho)

Rascunho Ave de Fátima | Afonso Lopes Vieira, 1929

Coroação de Nossa senhora de Fátima pelas Mulheres Portuguesas

Coroa preciosa de Nossa Senhora de Fátima | Casa Leitão & Irmão, Antigos Joalheiros da Coroa, 1942

A escultura de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que se venera na Capelinha das Aparições, obra do escultor e santeiro José Ferreira Thedim, foi coroada em 1946. A Coroa em ouro e pedras preciosas foi oferecida à Virgem de Fátima pelas mulheres portuguesas em agradecimento por Portugal não ter entrado na II Guerra Mundial, fazendo com que seus maridos e filhos fossem poupados aos dramas da terrível Guerra.

Tudo começou em 1941 quando, por iniciativa de um grupo de mulheres portuguesas, realizou-se uma campanha a nível nacional, onde as mesmas pediam jóias (e não dinheiro), de forma a materializar a Coroa diretamente com as dádivas de cada um dos fiéis. Muitas pessoas aderiram à campanha e houve até quem doasse as alianças de casamento.

A criação da Coroa Preciosa de Nossa Senhora de Fátima foi entregue - em 1942, à Casa Leitão & Irmão, antigos joalheiros da Coroa, que a partir do desmancho total ou parcial das joias, fundiram o ouro e a prata e cravaram pedras preciosas – diamantes, esmeraldas, rubis, safiras, pérolas, granadas e berilos.

Em 1989, é encastoado na Coroa Preciosa o projétil que atingiu o Santo Papa João Paulo II no atentado do dia 13 de maio de 1981, transformando a Coroa num relicário.

Filme da Coroação de Nossa Senhora de Fátima, 13 de maio de 1946.

O Papa Pio XII, na radiomensagem que foi transmitida no dia da Coroação, pede aos católicos para coroarem a Virgem de Fátima como a Rainha da Paz e do Mundo!

No dia 13.05.2021, assinalou-se os 75 anos da Coroação da Imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Tapeçaria | Fim da Exposição

A exposição termina com a peça finalizada e com um desafio que o Papa Francisco lançou à humanidade:

"Rapidamente esquecemos as lições da História, <<Mestra da Vida>> (Cícero, de Oratore, 2,36). Passada a crise sanitária, (...) oxalá não seja inútil tanto sofrimento, mas tenhamos dado um salto para uma nova forma de viver e descubramos, enfim, que precisamos e somos devedores uns dos outros, para que a humanidade renasça com todos os Rostos, todas as mãos e todas as vozes, livre das fronteiras que criamos. Francisco, Carta Encíclica "Fratelli Tutti"

Saiba mais sobre a exposição na VISITA GUIADA feita pelo comissário da mesma, Dr. Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima e do Departamento de Estudos da mesma instituição.

“Os Rostos de Fátima" está patente até o dia 15 de outubro de 2022, no espaço Convivium de Santo Agostinho | Basílica da Santíssima Trindade.

 • ENTRADA LIVRE • 

De segunda-feira a Domingo: 09h00 às 13h00 (última entrada: 12h45) | 

                                                14h00 às 18h00 (última entrada: 17h45) 

Acreditando ser impossível estarem todos os rostos ligados à Fátima patentes na exposição em função do espaço (que teria de ser infinito), ouso juntar mais Rostos de Fátima neste artigo.

Os Rostos dos Profissionais do Turismo

Na imagem refletida no espelho, o Rosto de Pedro Farinha, um dos Guias da Estrela d'Alva Tours. O Rosto do Pedro refletido no espelho representa uma outra forma de peregrinar e de difusão da Mensagem.

Os Rostos dos Funcionários e Voluntários do Santuário de Fátima

O nosso muito obrigada às pessoas que trabalham nas diversas áreas no Santuário e que tudo fazem para garantir o melhor acolhimento ao peregrino de Fátima.

• Créditos Fotográficos | Estrela d'Alva Tours 

Os Rostos de Fátima são uma legião... 

Sobre Fátima

CARLOS REIS - O batizado - Óleo sobre tela - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro

FÁTIMA era uma terra humilde e habitada por gentes igualmente humildes que dependiam basicamente da pastorícia e da agricultura. Em 1917, um acontecimento mudaria a vida de três crianças e do próprio povoado, que viria a transformar-se no maior centro de peregrinação do mundo ocidental.

Peregrinar a FÁTIMA é ir ao encontro do lugar em que o Céu tocou a terra. Referida pelos peregrinos como o Altar do mundo, em Fátima ninguém fica indiferente à Mensagem e à presença da Nossa Senhora.

Situada a 120 km de Lisboa, Fátima proporciona ao peregrino a possibilidade de passar um dia tranquilo com tempo para assistir à missa das 11h00, visitar os lugares das Aparições, almoçar, comprar artigos religiosos para os seus amigos e familiares e retornar a Lisboa a meio da tarde.

O Santuário de Fátima é uma das maiores referências do culto mariano e visitado por peregrinos de todo o mundo. Existe uma profunda ligação dos Papas ao Santuário e à mensagem de Fátima. João Paulo II, assumido devoto de Nossa Senhora de Fátima em 1982 visitou o Santuário em agradecimento por ter sobrevivido ao atentado um ano antes. Na sua terceira visita ao local – em 2000, anunciou a beatificação de Jacinta e Francisco Marto, a quem o Vaticano atribuiu milagre de uma cura. 

No ano do Centenário das Aparições – em 2017, o Papa Francisco esteve em Fátima e presidiu à Missa, durante a qual canonizou os Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, os mais jovens santos não-mártires da Igreja Católica.

O SANTUÁRIO de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Foi na Cova de Iria que Nossa Senhora apareceu aos três videntes no dia 13 de maio de 1917 (primeira Aparição). A partir da segunda aparição (13 de junho de 1917), o lugar das Aparições é destino de peregrinação. O Santuário de Fátima impõe-se como um dos mais importantes lugares de culto católico do mundo, atraindo cerca de cinco milhões de peregrinos anualmente.

Capelinha das Aparições

Construída em resposta ao pedido de Nossa Senhora “quero que façam aqui uma capela”. Aqui Nossa Senhora apareceu cheia de luz e falou aos Pastorinhos. Neste local a Virgem apareceu cinco vezes: em maio, junho, julho, setembro e outubro de 1917.

Valinhos

A quarta Aparição (19 de agosto de 1917) deu-se neste lugar. Aqui Nossa Senhora voltou a encontrar-se com os três Pastorinhos depois de terem falhado o encontro do dia 13 por terem sido levados presos para Ourém para interrogatório e impedidos de comparecer a Cova de Iria.

Loca do Cabeço (ou do Anjo)

Na primavera e no outono de 1916, os três pastorinhos foram surpreendidos pela presença do Anjo da Paz, neste lugar. Ao chegar junto deles, disse-lhes:

- Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.

Poço do Arneiro

Sobre este poço muitas vezes se sentaram os pastorinhos, a falar, a brincar e a rezar. Num dia de verão foi aqui que se deu a segunda aparição do Anjo.

Ao encontrá-los perguntou: “Que fazeis? Orai, orai muito.”

LUGARES DE CULTO E ORAÇÃO no Santuário

Basílica Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Os três pastorinhos no dia 13 de maio de 1917 encontravam-se neste lugar a brincar no cimo da encosta da Cova de Iria a fazer uma “paredita” e “viram de repente como que um relâmpago”. Anos mais tarde construía-se a Basílica (entre 1928 e 1953).

Basílica da Santíssima Trindade

Em 1973, surgiu a intenção de construir uma nova igreja no Santuário de Fátima. O lançamento da primeira pedra foi em 2004. Foi inaugurada a 12 de outubro de 2007, por ocasião do 90º aniversário das Aparições. Toda a igreja é de cor branca revestida de pedra da região: branco do mar. A Basílica tem um total de 8.633 lugares sentados, incluindo 76 para pessoas com dificuldade motora. A sua construção foi integralmente paga com as doações dos peregrinos.

Azinheira Grande

Com mais de 100 anos de existência, era a maior árvore na Cova de Iria em 1917. Não foi sobre ela que a Nossa Senhora apareceu. Os três pastorinhos abrigavam-se à sua sombra para a recitação do Rosário, preparando-se para receber a visita de Nossa Senhora.

Monumento Muro de Berlim

Bloco de betão do Muro de Berlim que representa a queda do regime comunista na URSS, recordando a revelação de um dos segredos de Fátima.

Cruz Alta

No santuário, a Cruz é o sinal que se ergue mais alto com 34 metros de altura.

Monumento ao Sagrado Coração de Jesus

De bronze dourado oferecida por um peregrino, a sua localização no meio do Santuário marca a centralidade da pessoa de Jesus Cristo na Mensagem de Fátima. Está erguido sobre um poço, cuja água que dali nasce tem sido instrumento de muitas graças.

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA: Vestida de Branco – Exposição Comemorativa do Centenário da Primeira Escultura de Nossa Senhora de Fátima – ENTRADA LIVRE – de 30 de novembro de 2019 a 15 de outubro de 2020

A mais importante escultura do catolicismo contemporâneo foi criada em Portugal, a partir da narrativa das Aparições de Fátima. O centenário da sua criação é momento para reflexão acerca da relação entre arte e devoção e oportunidade para contemplar as mais belas imagens da Virgem Maria, a Mulher “Vestida de Branco”. Fonte: Santuário de Fátima.

Casa das Candeias – Núcleo Museológico da Fundação Francisco e Jacinta Marto

Evocação da vida e espiritualidade de Francisco e Jacinta Marto

O Segredo

Composto por três partes, sendo que as duas primeiras há muito foram reveladas, o Segredo de Fátima é formado por revelações feitas por Nossa Senhora aos três Pastorinhos na terceira aparição no dia 13 de julho de 1917, sobre as quais lhes pediu reserva, indicando que não fossem transmitidas a ninguém.

“Isto não digais a ninguém. Ao Francisco, sim, podeis dizê-lo”, foi a instrução dada, segundo Lúcia.

A terceira e última parte do Segredo de Fátima foi revelada a 13 de maio de 2000 (…).

Sobre a Experiência Fátima, Peregrino por 1 Dia

a partir de LISBOA privado e à sua medida

Partimos de Lisboa em direção a Fátima. Antes de chegarmos ao Santuário vamos visitar a Loca do Cabeço (ou do Anjo) – neste local se deram a primeira e a terceira Aparição do Anjo da Paz, na primavera e outono de 1916 – e o Poço do Arneiro – sobre este poço muitas vezes se sentaram os Pastorinhos, a falar, a brincar, a rezar.  Num dia de verão foi aqui que se deu a segunda Aparição do Anjo da Paz, em 1916. Ainda em Aljustrel – aldeia onde nasceram e viveram os três videntes e de onde partiam com o rebanho de ovelhas até à Cova de Iria irá visitar as casas de São Francisco e Santa Jacinta e a casa da Irmã Lúcia que se encontram abertas para visitas pelos peregrinos e que não sofreram transformação sensível depois das Aparições. Entre as VIII e IX estações da Via Sacra irá encontrar Valinhos, local aonde ocorreu a quarta Aparição da Virgem, no dia 19 de agosto de 1917, uma vez que no dia 13 de agosto os Três Pastorinhos estavam detidos para interrogatório e impedidos de comparecer a Cova de Iria.

A 1km de Aljustrel e a 2km do Santuário, irá encontrar a Igreja Paroquial de Fátima, aí os videntes foram batizados e fizeram a sua inserção na comunidade cristã. Foi aqui que Lúcia fez a primeira comunhão, São Francisco passou muitas horas em oração e Santa Jacinta teve uma Aparição de Nossa Senhora que lhe ensinou a meditar o Terço. Seguimos para a Cova de Iria, onde se encontra o recinto de orações do Santuário e seus monumentos. A Capelinha das Aparições, considerada o coração do Santuário foi construída em 1919, no local exato das Aparições. Para além da Capelinha das Aparições também irá poder visitar e contemplar no Santuário: Basílica Nossa Senhora do Rosário, Basílica da Santíssima Trindade, Cruz Alta, Fontanário, Azinheira Grande, exposição temporária e a alguns metros do Santuário o Núcleo Museológico Casa das Candeias. Tempo (1 hora) para almoço. Retorno a Lisboa.

Os nossos Guias

Os nossos guias têm sido incansáveis na busca do conhecimento sobre a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima e da vida dos Pastorinhos e ficarão felizes em poder partilhar consigo este conhecimento. Nos últimos 6 anos temos ido constantemente ao Santuário a trabalho e, também, participado continuamente nos Cursos sobre a Mensagem de Fátima e sobre a Vida dos Pastorinhos ações de formação promovidas pelo Santuário de Fátima, o que nos faz acreditar “que, em Fátima, a Virgem fez soar uma voz que encontrou profundo eco no povo cristão”.

Esta Experiência é privada e foi criada a partir da nossa vivência e aprendizado no decorrer das nossas visitas realizadas em Fátima ao longo dos últimos anos.  Entretanto, o itinerário apresentado pode ser alterado e feito à sua medida caso tenha alguma preferência na escolha dos locais a visitar ou noutra atração de Fátima.

Sobre o seu PICK UP e DROP OFF Hora

Por regra, início e o fim do serviço é das 9h às 17h. Entretanto, não é um horário rígido e pode ser flexível consoante as suas necessidades. Fale connosco!

Sobre o seu PICK UP e DROP OFF Local

Podemos apanhá-lo e deixá-lo no seu Hotel, Apartamento, Terminal de Cruzeiros, Aeroporto ou num local de sua preferência. Fale connosco!